África

Observo, ouço, sinto.

Mil e uma imagens me passam pela cabeça quando penso na minha viagem a Cabo Verde. Era pequena, tinha apenas 7 anos quando, em 2009, os meus pais decidiram que a viagem de verão naquele ano seria uma semana em África, mais especificamente numa pequena ilha chamada Ilha do Sal em Cabo Verde.

Não posso dizer que tenho uma imagem nítida e perfeita de tudo o que vi, no entanto, olhando para o álbum de fotografias dessas férias compreendo que foi uma experiência única. Uma ilha tão pequena mas que traz tanta história.

Das coisas que mais gostei foi, sem dúvida, o lema de todos os habitantes, “no stress”. Tudo é feito a seu ritmo, sem grandes pressas, sem grandes confusões. Chama- se também a ilha da morabeza. O que é a morabeza? Uma simples palavra que resume o significado de ser cabo-verdiano, isto é, ser amável, delicado e gentil.

Indo da comida africana com a qual, felizmente, continuo a ter contacto pois tenho um tio de São Tomé e Príncipe, até às pessoas que tão pouco têm mas que tanto dão e passando pela música que nos conta toda uma história. Tudo em África tem um sabor diferente e especial.

Agora que sou mais velha gostava de reviver essa viagem para me lembrar do quão única é toda a cultura africana.

Agora pergunto, porque é que, em pleno século 21, continua a existir tanto ódio e preconceito? Somos todos iguais, todos temos dois olhos, um nariz e uma boca. E, afinal de contas, todos nós estamos, de alguma maneira, ligados a África.